O general reformado vai ser ouvido, após ser notificado oficialmente da acusação, nos dias 10 e 13 de Dezembro.

No dia 10, quarta-feira, Higino Carneiro será ouvido sob a acusação do processo 46/19, de utilização de fundos públicos para fins particulares, quando exercia o cargo de governador da então província do Cuando Cubango.

Já no dia 13, no sábado, será ouvido sob o processo 48/20, em que foi indiciado do crime de burla qualificada, um alegado crime relacionado com o período em que foi governador de Luanda.

Entretanto, estas duas datas escolhidas pela Direcção Nacional de Investigação e Acção Penal, órgão da PGR, coincidem com as datas de duas actividades do MPLA, no âmbito das celebrações do aniversário do partido.

No dia 10, o partido comemora 69 anos de existência e o arguido fica impedido de participar nas actividades em alusão à data porque estará na DNIAP a rebater a acusação sobre o uso de fundos públicos para fins particulares, enquanto governador do Cuando Cubango.

Já no sábado, dia 13, ficará também de fora na grande marcha da família MPLA, que se realiza em Luanda, também integrada nas celebrações do 69º aniversário da fundação do partido.

A PGR anunciou na quarta-feira, 3, que Higino Carneiro foi constituído arguido.

Essa é a segunda vez que o político é constituído arguido pela DNIAP: Em 2019, Higino Carneiro prestou declarações, mas esse processo-crime foi arquivado por insuficiência de provas.