Como entra para o mundo do cinema?
Entro para o mundo do cinema por influência artística, pois, venho de uma família de músicos. Por outro lado, antes de começar a manusear as câmaras, eu fazia pintura, ou seja, era artista plástico. A influência de trabalhar com as imagens estáticas levou-me à paixão pelas câmaras, daí a transição que me mergulhou no mundo cinematográfico ou audiovisual. Entretanto, sou fruto de uma família de artistas.
Qual é o actual estado da indústria cinematográfica no País?
Ainda não temos indústria cinematográfica. Ainda estamos distantes de ter uma indústria cinematográfica. Pois, para ter, tínhamos de ter um mercado cinematográfico, embora algumas pessoas entendam que o que temos estado a fazer é cinema, mas não é cinema. Estamos a trabalhar ainda em audiovisual, num formato de filmes. Agora, quando pensarmos no cinema, teremos que pensar num universo que compõe a indústria cinematográfica, produção e distribuição.
Não temos continuidade de produção e de distribuição, ou seja, uma produção controlada, nem rotina de produzir. Quantos filmes de qualidade saem em Angola? Como eles são distribuídos? Quais são os mercados? Temos défices e não podemos ter a ilusão de dizer que estamos bem. Pois, não estamos. Portanto, o estado da ficção, no País, ainda é precário. Não temos o apoio do Governo em termos, por exemplo, de políticas coesas que incentivam a produção nacional e a classe empresarial a investir no cinema, bem como para incentivar os jovens a trabalharem exclusivamente na cinematografia.
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