"Temos já um plano estratégico multissectorial e já adquirimos equipamento de segurança, de biossegurança. Todos os postos fronteiriços, não só com a RDC, mas com outros países, estão preparados com todo o equipamento de biossegurança, para de facto haver uma monitorização dos doentes", explicou Helga Freitas, à margem do seminário sobre os municípios e a saúde no Instituto de Higiene e Medicina Tropical (IHMT), a decorrer em Lisboa.
Helga Freitas esclareceu que estão "formadas equipas", com o apoio da Organização Mundial da Saúde (OMS), e que o país está preparado "tanto com formação dos técnicos da saúde como dos próprios profissionais das fronteiras".
A assessora da Direcção Nacional da Saúde Pública diz ser indispensável "haver um reforço ao nível dos pontos de entrada de forma a prevenir uma expansão do vírus" e lembrou que a RDCongo tem uma história "já recorrente" de casos do vírus ébola, salientando que o país vizinho tem "tido sucesso no controlo do vírus".
O agravamento da epidemia nas últimas semanas, somando-se já 139 mortos desse 01 de Agosto entre cerca de 210 casos de contágio confirmados e outras dezenas de suspeitos, deveu-se em grande parte a uma vaga de ataques de milícias e das guerrilhas, pondo em perigo a vida dos elementos das equipas sanitárias, quer se viram obrigados a procurar segurança fora da zona de risco onde procuram conter a doença.