Kabuki começou como arte e entretenimento apresentado nas ruas, sempre acompanhado de algum humor e certa provocação. Hoje, o Kabuki tornou-se parte essencial da herança cultural japonesa.

Originalmente, as actuações eram feitas por mulheres, mas, devido a questões éticas e morais, sobretudo uma certa associação à prostituição, o Governo proibiu as apresentações femininas

em 1629. O Kabuki passou a ser um tipo de arte exclusivamente interpretada por elementos do sexo masculino. Hoje, o Kabuki ainda é encenado apenas por actores masculinos, algo que desperta a atenção dos espectadores, mas levanta também algumas inquietações sobre temas como a discriminação e a inclusão. A definição perfeita mais coerente é a de que o Kabuki é um teatro criado por uma mulher, onde apenas os homens sobem ao palco.

Com mais de 400 anos de história, o Kabuki é hoje uma das mais renomadas e prestigiadas performances tradicionais japonesas, há mesmo esforços no sentido de promover esta arte secular não apenas no Japão, mas também por outras partes do mundo, nomeadamente em África, onde há registos de apenas uma única actuação no Egipto. "Kabuki é uma embaixada itinerante", disse um espectador durante uma actuação na Austrália, em 1978, inserida num programa de intercâmbio cultural.

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