Como Luanda está em termos de gestão de fluxos de fluidos, principalmente das águas de esgotos?
A engenharia hidráulica sanitária é das engenharias que muito tem a ver com o desenvolvimento de uma sociedade. Toda a sociedade que quer se desenvolver tem de pôr os sectores das engenharias de águas e sanitária no centro das atenções, porque elas velam pelas condições da habitabilidade de uma determinada área. E o que são condições de habitabilidade?
São condições que permitem aos cidadãos ter água de consumo em casa, no trabalho, nas indústrias, evitar alagamentos ou inundações nas zonas residenciais por intermédio das águas das chuvas, recolher os resíduos sólidos produzidos e acomodá-los, bem como fazer um reaproveitamento racional dos resíduos, transformando-os em matéria-prima para a produção de outros bens.
Como podia ser aproveitada a água das chuvas se o sistema de drenagem fosse eficiente?
Quando numa zona urbana o sistema de drenagem não é bem esquadrinhado, provocar alagamentos e inundações. Portanto, há pouco aproveitamento desta água para o período de escassez. Dentro de uma urbanização há uma série de serviços, como lavagem da via pública, arrefecimentos de equipamentos em fábricas, recreação e aquicultura. Tudo isso pode ser feito por intermédio dos milhões de metros cúbicos de água que caem numa determinada plataforma urbana. Por isso, é preciso que se criem mecanismos para colecta, afastamento e acomodação da água para o reuso.
Hoje a construção civil consome muita água e, infelizmente, determinados serviços são feitos com água não apropriada. Por exemplo, queremos fazer limpeza pública, construção e irrigação, fazemos com água potável, quando ela não é suficiente para o consumo doméstico e prestação de serviço. Por isso, há que mudar a visão, a estratégia.
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