Segundo a Direcção de Investigação de Ilícitos Penais (DIIP) a falsa agência de viagens burlou pessoas em mais de 70 milhões de kwanzas.
Os proprietários da "Explore the World from Angola" exigiam que os pagamentos para a obtenção dos vistos fossem feitos à cabeça, por transferência bancária ou por via do Terminal de Pagamento Automático, vulgo "TPA", na agência.
Os burlões enganavam os requerentes, dizendo que os vistos eram carimbados em Benguela, e chegaram a obrigar algumas pessoas a deslocar-se à província, chegando a custear a deslocação, por terra, mas, depois... deixavam de manter contacto.
Quando os clientes reclamavam e solicitavam o reembolso devido à demora dos serviços, os burlões enviavam-lhe um falso Bordereau (um relatório que acompanha títulos de crédito enviados a um banco para desconto ou cobrança).
Desiludidos após perceberam que estavam diante de burla, comunicaram a situação à Polícia Nacional, que, por sua vez, accionou a Direcção de Investigação de Ilícitos Penais (DIIP).
Ao Novo Jornal, o director nacional de comunicação institucional e imprensa da DIIP, Quintino Ferreira, disse que após a investigação policial, os donos da falsa agência de viagens foram capturados e detidos.
Segundo Quintino Ferreira, com os implicados foram apreendidos 112 passaportes, 12 cartões visa selados, 50 processos individuais, contratos de agendamentos de vistos, bilhetes de passagem e material de escritório.
Quintino Ferreira contou ao Novo Jornal que um dos cidadãos detidos é reincidente nesta prática, pois já foi detido outras vezes pela polícia, e quando é posto em liberdade pelo Ministério público ou pelo juiz de garantia, abre uma nova empresa com o mesmo tipo de procedimentos.
O Novo Jornal apurou que uma cidadã vendeu a sua residência com o objectivo de conseguir vistos para os EUA, para onde pretendia emigrar com os filhos, mas caiu na burla dos acusados.