A campanha, que decorreu entre 18 de Fevereiro e 02 de Junho, termina com mais de nove mil "Kalashnikov" ainda não entregues.

A operação resultou na apreensão de 31.932 armas do tipo AK - 47 de um total de 40.494 que se estimava aquando do seu lançamento. Além das armas, foram recolhidos 35.388 carregadores e 214.613 munições.

O balanço foi apresentado em Luanda pelo director adjunto de segurança pública e operações da Polícia Nacional, superintendente-chefe Lázaro da Conceição, que avança que a nível das províncias, a operação obteve uma margem de sucesso acima dos 90% com excepção de Luanda e Cunene.

Nestas duas províncias, explica, há empresas já identificadas que ainda que estão em posse destas armas, motivo pela qual serão alvo de fiscalização nos próximos dias. Em Luanda, por exemplo, das 27.244 armas que se esperava apreender, foram recolhidas apenas 16.049.

Sem especificar números, o superintendente-chefe fez saber que Luanda, a capital do País, concentra o maior número de empresas de segurança, de vigilantes e também de empresas incumpridoras.

A Polícia Nacional controla um total de 2.448 empresas de segurança, mas apenas 31% (771) delas adquiriram as novas armas permitidas por Lei.

Das armas recolhidas, 2.621 já foram remarcadas e devolvidas às Forças Armadas Angolanas (FAA).

Em relação, ao processo de substituição das armas, Lázaro da Conceição avança que, das 12 empresas licenciadas para a importação de armas de defesa pessoal no País, 9 estão em actividade, e foram responsáveis pela importação de 14.230 armas de diversos calibres, das quais 12.771 unidades foram registadas.

Dentre as armas registadas, 9.955 são espingardas de calibre 12mm e 99 pistolas de calibre 7.65mm. As empresas privadas de segurança já adquiriram 10.054 armas.

Globalmente, a operação alcançou 82% dos objectivos esperados. Com o fim da recolha coerciva, a Polícia avisa que as empresas que forem encontradas com armas proibidas serão mais alvos de responsabilização criminal.

"É uma arma que a lei proíbe o seu uso e, como tal, o Código Penal pune a posse desse tipo de arma, por esta razão, todo o indivíduo ou toda a empresa que for encontrada na posse destas armas serão responsabilizadas criminalmente", alerta o director adjunto de segurança pública e operações da PN que acrescenta que a corporação vai realizar operações de fiscalização aos armeiros das empresas devidamente sinalizadas como não tendo adquirido armas para verificar se na posse destas existem armas proibidas.

"Queremos apelar a população para que denunciem vigilantes ainda na posse de armas de guerra", apela.