Esta situação, considerada financeiramente incomportável pela maioria dos estudantes em final de curso, levou a protestos junto da Reitoria da UTANGA, para já sem efeito.

O Novo Jornal online esteve na universidade para ouvir os responsáveis da instituição, que é privada, sem sucesso mas, depois, por telefone, o vice-reitor da UTANGA, Francisco Fernandes, recusou prestar informações sem o enviou prévio de uma carta.

"Não sei quem está do outro lado do telefone. A UTANGA é uma instituição séria, só posso dar entrevista se receber uma carta a solicitar", afirmou o vice-reitor.

Todavia, os preços aplicados pelos dirigentes da Universidade estão a causar muitos protestos por parte dos alunos que têm os trabalhos concluídos para defesa e não o podem fazer, vendo atrasar-se a conclusão da sua formação académica e o ingresso no mercado de trabalho.

Petelson Custódio, estudante de psicologia, é um dos alunos indignados: "Eu estava para defender em 2016 e já ouvia falar sobre a situação dos preços. Agora que me preparei para a defesa, não sei onde vou encontrar 300 mil Kwanzas para pagar", lamentou.

"Estamos a ficar saturados com esta situação. A reitoria é que seleccionou os tutores, portanto, é a reitoria que deve pagar-lhes. Não somos obrigados a pagar essa quantia toda. O emolumento tem um valor fixo de 100 mil Kwanzas", disse outra estudante, do curso de direito, que preferiu falar sob anonimato.

Outra aluna, Rosa Fontes, estudante de relações internacionais, exige mesmo uma tomada de posição da reitoria da UTANGA sobre o assunto: "Estamos indignados com a posição da Reitoria. Durante os anos de curso gastámos muito dinheiro em propinas e agora temos o direito de ver a nossa situação resolvida".