Apesar de ter descartado, em Outubro de 2023, a reparação dos semáforos da capital para este ano, devido à falta de verbas, o Governo da Província de Luanda (GPL) começou a fazer trabalhos de manutenção de alguns cruzamentos semaforizados.

De acordo com o director provincial dos Transportes, Tráfego e Mobilidade Urbana de Luanda, Sérgio de Assunção, os trabalhos, iniciados há dois meses, estão a cargo de duas empresas privadas, uma angolana, Ngasakidila, e outra chinesa, Próspera.

"As empresas não têm nenhum vínculo contratual com o GPL. Estão na fase de levantamento técnico para depois apresentarem as propostas", explica.

A empreitada não faz parte do estudo encomendado, em 2023, pelo próprio GPL à empresa Sérvia Vlatacom, que visava a modernização da rede de semáforos do casco urbano da capital com a instalação de novos e mais modernos equipamentos.

Sérgio de Assunção avança que o estudo da Vlatacom "não foi conclusivo", motivo pelo qual o GPL optou por trabalhar com empresas locais para intervenções pontuais de operacionalização dos semáforos.

Sem revelar os valores da empreitada, o responsável admite que não foi realizado um concurso público e esclarece que a prioridade dos trabalhos passam pela recuperação dos semáforos que estavam inactivos nas avenidas com maior volume de trânsito, como a 4.º de Fevereiro, Amílcar Cabral e a de Portugal.

"Nessa altura, estamos a priorizar a Avenida 4.º de Fevereiro, na Marginal, em função também do volume de tráfego e à complexidade que, nos últimos dias, temos estado a registar na interpretação dos nossos automobilistas" explica.

Sérgio de Assunção acrescenta que grande parte dos semáforos estava inoperante, devido à vandalização. "Não são problemas de gastos, de tempo ou de alguma avaria técnica. É muito pelo vandalismo. Retiraram todos os cabos, destruíram as caixas de comando e os circuitos", lamenta.

GPL admite falta de verba

Ao NJ, no ano passado, o GPL, através do seu director do Gabinete de Comunicação Social, Wilson dos Santos, avançou que a capital teria de aguardar até depois de 2024, para ver materializada a promessa de troca/reparação dos semáforos, apesar de quatro meses antes o GPL ter anunciado que a intervenção estava dependente apenas de um estudo, então, em fase conclusiva.

"Tendo em conta os limites orçamentais para o OGE 2024, foram incluídos apenas os projectos prioritários e inadiáveis, com pendor social, que impactam positivamente e de forma imediata a vida dos munícipes de Luanda", afirmou.

Leia este e outros artigos na íntegra na edição semanal do Novo Jornal, gratuita devido ao feriado. Basta seguir o link: https://leitor.novavaga.co.ao/