O secretário de Estado avançou também que já tiveram alta todas as pessoas que estavam internadas em quarentena institucional nos centros Calumbo I e Calumbo II e que se encontram em quarentena institucional 852 pessoas.

Franco Mufinda disse ainda que os hospitais estão a ser preparados para o pior cenário: atingir o pico de 10 mil casos positivos até Junho.

O Centro de quarentena Victoria Garden, de onde são originários os novos quatro casos, e do Infotur, ambos em Luanda, continuam sob acompanhamento dos serviços sanitários.
Durante as 24 horas, o Centro Integrado de Segurança Pública (CISP) registou sete denúncias de violação de quarentena domiciliar, sete alertas, seis dos quais descartados e um validado.

Franco Mufinda assegura que o pior cenário pode ser evitado caso todos os cidadãos observem as medidas de biossegurança recomendadas pelas autoridades.

Para assistência imediata dos casos positivos, 99 equipas multidisciplinares, de resposta rápida, operam em todo o País, avançou Franco Mufinda.

Na sexta-feira, a ministra da Saúde alertou para um agravamento do número de infecções pelo novo coronavírus em Maio. No balanço semanal da primeira semana de estado de emergência, Sílvia Lutucuta deixou ainda outro aviso: O coronavírus não escolhe latitudes, sejam elas quentes ou frias, nem distingue raças, voltando a apelar para que sejam cumpridas as normas do estado de emergência.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, infectou mais de 1,2 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais mais de 68 mil morreram, dados fornecidos pela Agência France Press às 23 horas de domingo, 05 de Abril.

Dos casos de infecção, mais de 211 mil são considerados curados.

O vírus, o que é e o que fazer, sintomas

Estes vírus pertencem a uma família viral específica, a Coronaviridae, conhecida desde os anos de 1960, e afecta tanto humanos como animais, tendo sido responsável por duas pandemias de elevada gravidade, como a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS), transmitida de dromedários para humanos, e a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), transmitida de felinos para humanos, com início na China.

Inicialmente, esta doença era apenas transmitida de animais para humanos mas, com os vários surtos, alguns de pequena escala, este quadro evoluiu para um em que a transmissão ocorre de humano para humano, o que faz deste vírus muito mais perigoso, sendo um espirro, gotas de saliva, por mais minúsculas que sejam, ou tosse de indivíduos infectados o suficiente para uma contaminação.

Os sintomas associados a esta doença passam por febres altas, dificuldades em respirar, tosse, dores de garganta, o que faz deste quadro muito similar ao de uma gripe comum, podendo, no entanto, evoluir para formas graves de pneumonia e, nalguns casos, letais, especialmente em idosos, pessoas com o sistema imunitário fragilizado, doentes crónicos, etc.

O período de incubação médio é de 14 dias e durante o qual o vírus, ao contrário do que sucedeu com os outros surtos, tem a capacidade de transmissão durante a incubação, quando os indivíduos não apresentam sintomas, logo de mais complexo controlo.

A melhor forma de evitar este vírus, segundo os especialistas é não frequentar áreas de risco com muitas pessoas, não ir para espaços fechados e sem ventilação, usar máscara sanitária, lavar com frequência as mãos com desinfectante adequado, ou sabão, cobrir a boca e o nariz quando espirrar ou tossir, evitar o contacto com pessoas suspeitas de estarem infectadas.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) organizou um guia essencial sobre o coronavírus/Covid-19 que pode ver aqui.