Trata-se do Hospital de Campanha de Viana (HCV), uma infra-estrutura localizada na Zona Económica Especial Luanda/Bengo, cujas obras iniciaram em Abril último e está executada a 90 por cento mas já pronta para admitir doentes infectados com o novo coronavírus, como João Lourenço afirmou em breves declarações aos jornalistas.

O Hospital de Campanha de Viana comporta duas naves com capacidade para mil camas e tem serviços de cuidados intensivos, intermédios, internamento geral e laboratório.

A primeira nave, já concluída, tem capacidade para 600 camas, enquanto a segunda, em fase de conclusão, tem espaço para 400 camas.

Em termos de pessoal, o HCV tem já pronto cinco equipas preparadas e treinadas, comportando cada uma delas 64 profissionais.

Dentro de um mês, a segunda nave, em fase de conclusão, fica totalmente concluída, garantiu esta terça-feira, dirigindo-se ao Presidente da República, João Lourenço, o chefe da direcção dos Serviços de Saúde das Forças Armadas Angolanas (FAA), tenente-general Alberto de Almeida, que responde pelas FAA na Comissão Multisectorial para a Prevenção e Combate à Covid-19.

O tenente-general assegurou ao Presidente João Lourenço, que efectuou uma visita de campo ao local, que a unidade está pronta para receber eventuais pacientes da Covid-19 a partir desta terça-feira.

João Lourenço, nas curtas declarações à imprensa, disse que o Executivo conseguiu em tempo recorde montar um hospital de campanha, em função da pandemia do coronavírus que surpreendeu o mundo, mas deixou claro que o desejável é que nenhuma das camas disponíveis venha a ser utilizada, porque isso significaria que a Covid-19 esteve sempre sob controlo.

O Presidente da República salientou que o investimento que o Estado tem vindo a fazer, no ramo da saúde, não apenas para a ameaça da Covid-19, é para nunca mais voltar a ser surpreendido por outra e qualquer epidemia ou pandemia.

"De tempos em tempos surgem em África doenças pandémicas, como ó Ébola ou o Marburg. E com estas infra-estruturas e outras, que surgirão dentro de três ou quatro meses, em Calumbo, estaremos em condições de poder fazer face a qualquer epidemia que possa surgir", referiu.

João Lourenço disse também que muito em breve será posto ao serviço da população mais dois hospitais de campanha, um na Província da Lunda-Norte e outro na Província de Cabinda.

O Presidente da República sublinhou que é objectivo do Executiva criar, noutros pontos de Angola, mais hospitais de campanha, sobretudo para estancar a possibilidade de penetração da doença no País.