Em pleno 5 de Junho, munícipes são confrontados com uma situação que provocou desmaios e implicou o abandono de edifícios, até em instituições públicas. Técnicos do Governo em movimentação para as explicações que se impõem.
No colégio Williete, onde esteve o NJ, o adolescente Víctor Mendes, aluno, contou que quatro pessoas foram transportadas para o Hospital Geral em consequência de desmaios.
"Eu mesmo saltei da janela do quinto andar para um outro prédio, tenho a calça rasgada. Sei que os meus colegas desmaiaram", informou o pequeno, enquanto o Instituto de Emergências Médicas socorria pessoas assustadas.
Centenas de alunos abandonavam o edifício, procurando segurança na via publica, tal como em outros prédios, alguns com departamentos ministeriais.
Mendes acrescenta que o prédio tremeu entre 15 e 20 segundos, o mesmo tempo estimado para outros edifícios, um deles o conhecido prédio do décimo, nas imediações da Praia Morena.
"Nos tribunais acontece a mesma coisa, as pessoas estão fora dos edifícios", contou um cidadão a uma das rádios locais.
José Costa, quadro reformado da Rádio Nacional de Angola, que também sentiu o abalo, informou que "ainda em Fevereiro deste ano isso aconteceu, mas com menos impacto, principalmente na variante do rio Cavaco".
O coordenador do Instituto de Emergências Médicas, Nani Francisco, apelou à calma, sugerindo que todos abandonassem os edifícios.
No Luhongo, município da Catumbela, vários cidadãos dizem ter sentido igualmente este tremor de terra, à semelhança do Chongoroi, único município do
interior da província com relatos do género.
"Sentimos que algo estava a passar por debaixo da terra, fugimos do escritório, eu e os colegas. Nunca tínhamos visto algo assim", contou o funcionário Herlânder Magalhães
Vários especialistas, alguns ligados ao Governo Provincial de Benguela, estão no terreno a medir a pulsação e procurar explicações para o sucedido.