Os 25% do capital da UNITEL detidos pela Sonangol serão alienados até ao final do próximo ano, segundo o PCA da petrolífera.

"Até Dezembro de 2019, período que o Governo definiu para se fazer a alienação de activos, ou seja das 52 empresas que fazem parte da lista já definida entretanto. Exemplo: A Sonangol pretende vender a sua participação na UNITEL", declarou Carlos Saturnino, precisamente um ano depois de tomar posse como responsável máximo pela empresa.

O processo de reestruturação da Sonangol está, desde o passado mês de Agosto, a ser desenvolvido no âmbito do "Programa de Regeneração" da companhia, que prevê a privatização parcial da petrolífera nacional, a partir do segundo semestre de 2019.

A 11 de Outubro, o ministro dos Recursos Minerais e Petróleos afirmou que, depois de libertar a estrutura da petrolífera de empresas não nucleares para a sua actividade, transferindo-as para privados, a Sonangol vai ser, ela própria, sujeita a um processo de privatização, embora parcial.

"É o que se passa hoje com as grandes companhias petrolíferas mundiais", disse Diamantino Azevedo, na altura citado pelo Jornal de Angola.

O responsável falava na abertura de um encontro entre a Comissão Instaladora da Agência Nacional de Petróleo e Gás (ANPG) e as companhias que operam em Angola, para apresentação do Plano de Reestruturação do Sector Petrolífero.

As mudanças, desenvolvidas no âmbito do "Programa de Regeneração" da empresa, estão a ser implementadas desde o passado mês de Agosto, marcado pelo anúncio da transferência da função de concessionária da Sonangol para a ANPG.

Com este processo, a petrolífera nacional pretende focar-se apenas nos "negócios nucleares", constituídos pelos fluxos ascendente e descendente da cadeia produtiva de petróleo, designadamente pesquisa, exploração, produção, refinação e distribuição.

O passo já dado com a constituição da Comissão Instaladora da ANPG encaminha-se, em Janeiro de 2019, para a efectivação da passagem da função de concessionária para a agência, explicou o coordenador adjunto dessa comissão, Jorge Abreu.

Segundo o responsável, nessa fase de transição, que se prolonga até Junho do próximo ano, as entidades corporativas da Sonangol vão continuar a prestar serviços à ANPG, embora o conselho de Administração da agência assuma a condução do processo de autonomização.

Depois de Junho de 2019, o processo entra numa nova etapa - de optimização da transição -, que, até Janeiro de 2020, vai envolver a migração dos activos da função de concessionária para a ANPG.

Jorge Abreu sublinhou que a reestruturação em curso "é irreversível", e garantiu que a mesma não vai afectar a estabilidade dos negócios na indústria petrolífera angolana.

O responsável assegurou ainda que os funcionários da Sonangol a transitar para a ANPG não terão a sua situção remuneratória prejudicada.