Segundo a informação disponibilizada no site do banco, a entrada em bolsa está prevista para o final do mês e a operação envolve a venda de 4,46 milhões de acções ordinárias, representativas de 29,75% do capital, colocadas pelos actuais accionistas - a Unitel, que disponibiliza 15%, e o Banco Português de Investimento (BPI), com 14,75%.

A Unitel é actualmente controlada pelo Estado angolano, depois do processo de recuperação de activos, e o BPI pelo espanhol CaixaBank, que adquiriu em 2017 a participação de 18% a Isabel dos Santos, filha do ex-Presidente José Eduardo dos Santos.

O preço indicativo por acção varia entre 41.500 e 49.500 kwanzas (39 e 46 euros), o que significa que os acionistas poderão arrecadar até 220 mil milhões de kwanzas (206 milhões de euros).

O período de subscrição decorrerá entre 05 e 25 de Setembro, com a fixação do preço final e apuramento dos resultados em 26 de Setembro, a liquidação até 29 e a admissão à negociação na Bolsa de Dívida e Valores de Angola (BODIVA) prevista para 30 de Setembro.

A dimensão do negócio - estimado entre 205 e 220 mil milhões de kwanzas - torna a OPV do BFA a maior de sempre, superando operações anteriores no âmbito do programa de privatizações (PROPRIV).

Com esta colocação, o BFA torna-se no terceiro banco angolano a estar cotado na BODIVA, juntando-se ao BAI e ao Caixa Angola.