"O secretário-geral está consternado com as notícias que indicam que dezenas de crianças e outros civis morreram nos últimos ataques mortais em Kordofan do sul" do Sudão, afirmou num comunicado o seu porta-voz, Stéphane Dujarric, que sublinhou que o líder da ONU "condena todos os ataques contra pessoas e infraestruturas civis, salientando que os ataques contra escolas e hospitais podem constituir graves violações do direito internacional humanitário".

Guterres exortou todos os Estados com influência junto das partes a "adoptarem medidas imediatas e a usarem a sua influência" para obrigar ao fim imediato dos combates e à interrupção do fluxo de armas que alimenta o conflito.

Além disso, o secretário-geral exigiu que as partes cumpram as obrigações em matéria de Direito Internacional e reiterou o apelo para que concordem com a cessação imediata das hostilidades.

"As Nações Unidas estão dispostas a apoiar medidas genuínas para pôr fim aos combates no Sudão e traçar um caminho para uma paz duradoura", acrescentou.

Guterres juntou-se assim à condenação emitida horas antes pela União Africana por ataques que, segundo o presidente da câmara de Kalogi, onde o massacre foi perpetrado, já causaram 114 mortos e 71 feridos.

O director-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, citando uma estimativa do sistema da OMS de vigilância de ataques contra cuidados de saúde, referiu que "os ataques repetidos no Estado de Kordofan do Sul, no Sudão, atingiram uma creche e, pelo menos três vezes, o hospital rural de Kalogi, localizado nas proximidades".