Neste desiderato, há palavras-chave: meritocracia, melhores, pós-graduação. É, pois, necessário que se estabeleçam regras bem claras (há uma fasquia colocada nos 16 valores de média no curso, e a designação de um júri independente para a selecção), que se atinja o grupo-alvo (que tanto inclui os licenciados formados no país, como os angolanos que estejam a concluir o curso no exterior, ou que aí estejam no início da pós-graduação), e que se tenha uma estratégia para que os seleccionados possam enveredar por uma linha de investigação, na sua pós-graduação, que sirva o país. E que regressem!

Sempre que se lança um novo projecto, surgem objecções. Um projecto deste tipo, que se dirige a uma elite, mais objecções levantará. As vozes redutoras vão falar da falta de água e de electricidade, e das necessidades que todas as instituições ligadas ao ensino e à investigação no país têm, e que, muitas vezes, as impedem de trabalhar convenientemente, mesmo quando possuem recursos humanos adequados. Vão mencionar também os inúmeros projectos que tiveram um início promissor, criaram expectativas elevadas, e depois falharam. E tudo isso é verdade. Mas, ainda assim, este projecto tem fundamento, desde que se cumpram os pressupostos atrás enunciados, haja transparência no processo, e, depois, o necessário acompanhamento para que os formandos se sintam parte de algo, e que esse algo seja uma melhor versão de Angola, uma versão para a qual eles poderão contribuir de forma decisiva.

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