"[O PIIM] não é nenhuma declaração do fim do Fundo Soberano, na medida em que nós não estamos a retirar a totalidade dos recursos que o Fundo Soberano tem. Portanto, o Fundo Soberano não acaba, vai-se manter", garantiu o Presidente angolano, salientando que "grande parte dos países no mundo, os que têm Fundo Soberano, não juntaram valores tão altos quanto Angola fez".

"Portanto, a gente pode muito bem ter um Fundo Soberano com muito menos de 5.000 milhões de dólares. Mas não deixa de ser Fundo", asseverou.

João Lourenço, que falou no final da manhã desta sexta-feira para os dois órgãos de comunicação, inaugurando uma nova era na relação que pretende estabelecer com a imprensa nacional, refutou a ideia segundo a qual o executivo arrisca a colocar em causa o retorno que se esperava do investimento do Fundo caso este fosse feito em sectores estratégicos da economia e não a nível dos municípios, como decidiu agora o seu executivo.

"Acho que o retorno político é bastante grande, uma vez que vai resolver muitos problemas sociais das populações. O Fundo [Soberano] vai ser utilizado para a construção de escolas, hospitais, postos médicos, centros de abastecimento de água, de energia; vias de comunicação, sobretudo as secundárias e terciárias", afirmou o Presidente da República, quando questionado sobre a ausência de retorno neste tipo de investimento nos municípios, que se distancia dos objectivos iniciais para os quais foi criado o Fundo Soberano.

João Lourenço considerou ainda que a criação do PIIM em nada representa o fim do Fundo Soberano, e relativizou o impacto que este terá após a cabimentação de recursos nos 164 municípios do país.

(Esta entrevista pode ser lida na íntegra no Novo Jornal, na edição 592, de sexta-feira, dia 5 de Julho, nas bancas, ou através de assinatura digital, disponível aqui https://leitor.novavaga.co.ao e pagável no Multicaixa)