"Saímos de uma campanha que nos mostrou o quanto vamos precisar de revisitar a nossa escola, os nossos valores fundadores, pois a experiência agora terminada deu-nos a indicação do quanto precisamos de reinvestir na permanente formação de quadros", disse o recém-eleito presidente da UNITA durante a cerimónia da tomada de posse do novo secretariado.

De acordo com o líder da UNITA, "é incontornável o abraço à democracia para consolidar a unidade e coesão interna".

"A disciplina, o respeito, o amor ao trabalho, serão como sempre os nossos referentes permanentes", referiu, destacando que, com uma equipa jovem, foi feito um esforço para que a direcção do partido esteja capaz de falar a linguagem dos jovens, para melhor dialogar com a sociedade.

Referiu que as alterações estatutárias conduzirão a uma maior eficácia na acção mobilizadora da sociedade de modo a que a UNITA seja a força que irá liderar o movimento para a alternância de poder em 2022.

"O País precisa de nós para mais trabalho, mais rigor e mais transparência. Uma aposta no futuro, séria credível e sustentada", destacou, prometendo ser agora a altura de deixar os gabinetes e trabalhar no meio das populações.

"O que começa agora é o nosso trabalho no meio das pessoas, no meio do povo angolano. Porque é o povo que representamos", afirmou, considerando que "os angolanos colocaram nesta direcção as suas ansiedades e esperanças genuínas".

Para Adalberto da Costa Júnior, "os angolanos esperam da UNITA empenho na construção de uma pátria melhor para todos, uma Angola mais digna, uma Angola com melhor saúde, educação, justiça e com menos pobres, com mais emprego, especialmente para os jovens".

"Para correspondermos à expectativa dos angolanos, a palavra de ordem é trabalhar junto das comunidades, nas comunas e nos municípios do País", explicou Adalberto Costa Júnior que insistiu na realização das eleições autárquicas em todos municípios do País no ano que vem, como está oficialmente calendarizado.

Segundo o presidente da UNITA, com a constituição da equipa de trabalho, estão criadas às condições para que a sua voz seja ouvida permanentemente junto da sociedade angolana.

De acordo Adalberto Costa Júnior, os angolanos têm consciência de que esperam uma oposição diferente e determinada a conseguir a alternância de poder.

Equipa de trabalho do novo presidente

A nova direcção da UNITA conta com dois nomes dos adversários de Costa Júnior na disputa eleitoral para a liderança do partido.

Arlete Chimbinda e Simão Dembo foram indicados para os cargos de vice-presidentes, Álvaro Chikwamanga para secretário-geral, coadjuvado nessas funções por Virgílio Samussungo e Lázaro Kakunha e Liberty Chiaka para presidente do grupo parlamentar da UNITA.

Abílio Kamalata Numa foi nomeado para ocupar o cargo de secretário para os Antigos Combatentes e Desmobilizados, Auto-suficiência e Treinamento Doutrinário e Raul Danda, ex-vice-presidente, para primeiro-ministro do Governo Sombra da UNITA.

Lázaro de Oliveira Kakunha, Diamantino Musssokola e Anabela Judith Sapalo vão ocupar os cargos de secretário-geral adjunto, secretário de Organização e secretária Nacional de Mobilização, respectivamente.

O filho do ex-líder da UNITA, Rafael Massanga Sakaita Savimbi é responsável da pasta das Relações Internacionais e Comunidades, ao passo que Marcial Dachala é o novo secretário para a Comunicação e Markting e porta-voz do partido, em substituição de Alcides Sakala.

Silvestre Gabriel Samy, Eduardo Chibundo Paulo, António Saúde Cabina e Sofia Porfírio Mossonguela são agora os responsáveis pelas áreas de chefia do Gabinete Técnico para as Autarquias, secretário para a Formação de Quadros, secretário para Gestão do Pessoal e Quadros e secretária para as Finanças, respectivamente.

Para os cargos de secretários para o Património, Política de Saúde, secretário da Comissão Política e Assuntos Constitucionais, foram nomeados, Araújo Kacyke Pena (sobrinho de Jonas Savimbi), Rúben Sikato, Clarice Kaputo e Jorge Victoriano, respectivamene.

António Urbano "Chassanha" é secretário para a Auto-Suficiência e Projectos, António Pedro Cangombe, presidente da Comissão de Jurisdição e Auditória, Emanuel Kapanda Biango, secretário-adjunto para a Comunicação e Marketing, Benedito Aurélio, secretário-adjunto para Mobilização Periférica e Aquino Ngonguela, secretário-adjunto para a Mobilização Urbana.

Adelino José Ricardo, Joaquim Nafóia, Eugénio Manuvokola e Esteves Betela Pena "Kamy", são agora o secretário-adjunto para a Propaganda, secretário executivo do Governo Sombra, representante da UNITA na Comissão de Homenagem às Vítimas do Conflitos Políticos e Inspector Geral do partido, respectivamente.

Dondo Manuel Salomão é o director do Gabinete do presidente, Manuel Domingos Fonseca, director do Gabinete Jurídico do presidente, Petronela Kavaleka, director do secretário-geral, Tiago Chingui, gabinete de Pesquisa e Analises, David Chipasso, chefe do Protocolo e Relações Públicas, Idebrando Solunga, gabinete de Comunicações, e Albino Mutetula, director do gabinete de Asseguramento.

Adalberto da Costa Júnior nomeou três secretários provinciais do Huambo, Lunda Sul e Bengo, cargos que serão ocupados por Alcino Kuvalela, Salvador Chiyesso e Armando Ndenguembuale, respectivamente.

Manuel Armando da Costa Ekuikui é o novo secretário provincial de Luanda da UNITA , ao passo que Alone Mutuca será o secretário provincial adjunto da UNITA na Lunda Sul.

Por fim, o presidente do partido nomeou Rodrigo Kapusu director do gabinete do secretário-geral do partido, João Chitunda director nacional para infra-estruturas e Raul Costa director do Gabinete da Documentação e História do partido.