Sílvia Lutucuta, na conferência de imprensa diária no Centro de Imprensa Aníbal de Melo, adiantou que os quatro casos de teste positivo para a Covid-19 são cidadãos que estiveram em contacto com um indivíduo proveniente de Portugal.
Com estes cinco novos casos, o País passa a contar com 35 registos positivos, dois destes resultaram em morte, 11 recuperaram e 22 permanecem activos e em tratamento.
Os casos detectados até ao momento foram infecções da responsabilidade de passageiros que não cumpriram com as normas exigidas para a quarentena domiciliar, aumentando o risco de a pandemia ganhar dimensão no País que poderia ser evitada se estas pessoas cumprissem com o que se lhes exigia.
Alguns dos comportamentos incorrectos são, segundo Sílvia Lutucuta, fornecer endereços errados propositadamente, números de telefone incorrectos, desligar os telefones para impedir a sua localização, entre outros.
Em quarentena institucional estão neste momento 908 pessoas.
O vírus, o que é e o que fazer, sintomas
Estes vírus pertencem a uma família viral específica, a Coronaviridae, conhecida desde os anos de 1960, e afecta tanto humanos como animais, tendo sido responsável por duas pandemias de elevada gravidade, como a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS), transmitida de dromedários para humanos, e a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), transmitida de felinos para humanos, com início na China.
Inicialmente, esta doença era apenas transmitida de animais para humanos, mas, com os vários surtos, alguns de pequena escala, este quadro evoluiu para um em que a transmissão ocorre de humano para humano, o que faz deste vírus muito mais perigoso, sendo um espirro, gotas de saliva, por mais minúsculas que sejam, ou tosse de indivíduos infectados o suficiente para uma contaminação.
Os sintomas associados a esta doença passam por febres altas, dificuldades em respirar, tosse, dores de garganta, o que faz deste quadro muito similar ao de uma gripe comum, podendo, no entanto, evoluir para formas graves de pneumonia e, nalguns casos, letais, especialmente em idosos, pessoas com o sistema imunitário fragilizado, doentes crónicos, etc.
O período de incubação médio é de 14 dias e durante o qual o vírus, ao contrário do que sucedeu com os outros surtos, tem a capacidade de transmissão durante a incubação, quando os indivíduos não apresentam sintomas, logo de mais complexo controlo.
A melhor forma de evitar este vírus, segundo os especialistas é não frequentar áreas de risco com muitas pessoas, não ir para espaços fechados e sem ventilação, usar máscara sanitária, lavar com frequência as mãos com desinfectante adequado, ou sabão, cobrir a boca e o nariz quando espirrar ou tossir, evitar o contacto com pessoas suspeitas de estarem infectadas.