As três centrais sindicais dizem que a greve será feita em casa e que ninguém sairá às ruas, refutam a ideia de uma manifestação e desdramatizam o anúncio de que a Polícia Nacional estará de prevenção, que consideram não ser necessária.

O Novo Jornal sabe que a polícia de ordem pública, em todos os comandos provinciais, está em prontidão desde a passada sexta-feira, em função da greve na função pública.

A Polícia de Intervenção Rápida (PIR) a nível do País, assim como a Unidade de Reacção estão em alerta para eventuais intervenções caso sejam chamados, confidenciou uma fonte da PN ao Novo Jornal, solicitando anonimato.

A Força Sindical, a Confederação Sindical (UNTA) e a Central Geral dos Sindicatos Independentes e Livres de Angola (CGSSILA) determinaram que a paralisação acontecerá de 20 a 22 de Março, numa primeira fase.

Caso o Governo insista em não ceder às exigências das centrais, haverá uma segunda fase da greve que deve acontecer de 22 a 30 de Abril.

Ao Novo Jornal, o porta-voz dos sindicatos, Teixeira Cândido, disse não ser necessária a presença policial nas ruas, pois a greve, em princípio, será feita em casa e ninguém sairá às ruas para se manifestar.

Centrais sindicais prometem parar o País no dia 20 para reivindicar aumentos salariais, actualização de subsídios e desagravamento dos impostos.

A decisão de uma greve geral interpolada foi tomada por unanimidade para reivindicar o aumento do salário mínimo dos actuais 32.181,15 para 245 mil kwanzas, valor que baixou entretanto para os 100 mil.

As centrais sindicais apelam a "uma greve pacífica" e pedem às pessoas que fiquem em casa nesses dias, assegurando que não fecharam as portas à negociação.