Os detidos receberam, segundo a acusação, indevidamente do Estado, durante seis anos, desde 2013, mais de 1.368.000.000 Kwanzas, disse esta quinta-feira,8, ao NJOnline o porta-voz do SIC-Luanda, superintendente Fernando de Carvalho.

Estão igualmente detidos quatro elementos sem nenhuma ocupação e um motorista, sendo que dois militares com a patente de primeiro e segundo sargentos do exército, colocados na Direcção Principal de Pessoal e Quadros das FAA, encontram-se foragidos das autoridades.

"Fizeram o recrutamento de 19 cidadãos não enquadrados na função pública e posteriormente procederam à abertura de contas bancarias no Banco de Poupança e Crédito", disse, acrescentando que os referidos números das contas bancarias foram da Direcção Principal de Pessoal e Quadros das FAA para o Ministério das Finanças para o depósito mensal nas contas dos elementos acima citados.

"O Ministério das Finanças gastava anualmente com estes elementos, cuja denominação é funcionários fantasmas, 228 milhões de Kwanzas. Os homens recrutados procediam ao levantamento dos valores, todos finais de cada mês, e depois repartiam com os elementos das FAA", explicou.

No âmbito do inquérito titulado pelo Departamento de Operações do SIC-Luanda, o oficial salientou, no entanto, que foram encontradas em posse dos suspeitos material diverso, icluindo varias viaturas.

"Encontramos ainda duas pastas com vários documentos e processos individuais, 27 cartões multicaixa, sendo 19 da rede BPC, cinco BFA, dos quais três cartões visa, um da rede BAI, um do banco Millennium Atlântico e um do banco Sol, bem como a quantia de 250 mil Kwanzas", descreveu.

Os agora detidos estão ndiciados por crimes de associação criminosa, recebimento indevido de vantagens, peculato e fraudes na obtenção de subsídios.

Os detidos têm idades entre 23 e os 32 anos e foram presentes ao magistrado do Ministério Público (MP) junto do SIC-Luanda e foi-lhes aplicada a medidas de coacção de prisão preventiva.