De acordo com um comunicado da petrolífera nacional, ao qual o Novo Jornal Online teve acesso, um dos pontos em discussão - que resulta da exposição apresentada pelas operadoras petrolíferas ao Presidente da República - "prende-se com a melhoria das condições fiscais e competitivas oferecidas aos investidores, quando comparadas com o México, Brasil ou Nigéria".

As empresas do sector reclamam também do "excesso de burocracia", que dizem prejudicar o desenvolvimento da indústria.

Em resposta, a Sonangol informa que "já havia encomendado um estudo comparativo sobre os vários países produtores de petróleo", no sentido de aumentar a competitividade internacional de Angola.

No que se refere ao excesso de burocracia, a companhia estatal explica que a recente revisão dos estatutos - traduzida na eliminação da figura de presidente da comissão executiva, o que reforça o poder de decisão da presidente do conselho de administração, Isabel dos Santos - já é parte da solução.

"Eliminou-se um nível na pirâmide das aprovações, o que tornará mais célere todo o processo de análise e aprovações dos dossiers das operadoras", lê-se no comunicado.

Poupanças adicionais de 1,7 mil milhões de dólares em 2017

A petrolífera angolana reforça, tal como já o tinha feito aquando do anúncio da entrada de novos administradores, que os reforços vão trabalhar em áreas críticas, garantindo "total comprometimento com as melhores práticas de gestão e, assim, o tratamento mais célere dos desafios do sector".

A Sonangol garante ainda que estabeleceu "um diálogo constante e transparente com os operadores, para fazer avançar os interesses da indústria nacional".

Como exemplo deste esforço, a companhia estatal aponta a realização, no passado mês de Julho, de um "roadshow internacional nas sedes das principais operadoras petrolíferas, para discutir os planos de investimento em Angola, e os desafios da indústria".

Para além desta actividade, a petrolífera angolana adianta que realiza reuniões permanentes com todos os operadores presentes no país.

Segundo a Sonangol, o empenho já se traduz na redução, para quase metade, dos custos de produção por barril, de 2014 a 2016, bem como em "poupanças adicionais de 1,7 mil milhões de dólares em 2017", na sequência da racionalização de custos e das opções de investimento.

A administração da Sonangol, liderada por Isabel dos Santos, sublinha igualmente que está alinhada com o Executivo para cumprir a sua missão de aumentar as receitas para o Estado Angolano.