Ao assinalar o 5.º aniversário da sua fundação, a Convergência Ampla de Salvação de Angola (CASA-CE) tece duras críticas ao Governo, defendendo "a máxima urgência" na alternância do poder.
"Angola tem capacidade para proporcionar melhores condições sociais ao seu povo", defende a direcção da coligação, lamentando que os actuais dirigentes não tenham amor à pátria, nem ao próximo.
A coligação liderada por Abel Chivukuvuku tem vindo a defender a instituição de um novo modelo de governação, contra a corrupção, para que os recursos do país contribuam para reduzir o fosso entre as elites ricas e a população pobre. A coligação lamenta a fome e a miséria, aqueles que são os maiores desafios de Angola, que completou 15 anos de paz.
"A CASA-CE, por ocasião de mais este aniversário, apela aos angolanos para recusarem definitivamente o modelo de governação imposto pelo regime e a baterem-se, com coragem e determinação, pela mudança efectiva, consubstanciada na liberdade, na democracia, no Estado de Direito, na tolerância, na igualdade de direitos e no desenvolvimento, na paz efectiva e que tenha como epicentro o cidadão angolano", lê-se num documento a que Novo Jornal teve acesso.
A coligação denuncia que as riquezas nacionais servem maioritariamente os interesses de algumas famílias pertencentes a um pequeno grupo. Na opinião do segundo partido da oposição em Angola, "o propalado crescimento económico não beneficia a grande maioria dos angolanos, sendo visíveis os focos de exclusão social, a discriminação regional e o défice de investimento no desenvolvimento humano, fraudado com o menosprezo sofrido pelos jovens, sobretudo os formados nas universidades aqui implantadas".
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