Em comunicado de imprensa, a Presidência da República afirma que "nas suas declarações", Adalberto Costa Júnior insinua ainda que "a assunção por Angola da Presidência da União Africana foi resultado de algum pagamento que o Estado angolano terá feito, sem indicar o destinatário".
A Presidência angolana desmente o líder da UNITA e insiste que ACJ diga publicamente, "face à gravidade e ao nível de irresponsabilidade das declarações", "quem foi o mandatário do Presidente da República que o tentou subornar, ameaçando ainda accionar "os competentes mecanismos constitucionais e legais de responsabilização civil e criminal".
"Como é do conhecimento público, a Constituição da República de Angola foi revista em 2021, por iniciativa do Executivo, numa altura em que o partido maioritário detinha uma maioria qualificada que lhe permitia aprovar a revisão constitucional sozinho, e nunca essa questão fora colocada", refere o comunicado da Presidência, acrescentando que "caso o Presidente da República tivesse tal pretensão, seguramente, teria apresentado uma proposta concreta junto da Assembleia Nacional, único órgão competente para o efeito".
Sobre a presidência de Angola da União Africana, o comunicado afirma que a candidatura de Angola foi aprovada por unanimidade.
"Insinuar que o nosso País tenha pagado para assumir tão importante e dignificante posição no quadro da União Africana é, não só irresponsável, como anti-patriótico, porquanto mancha a imagem e o bom nome de Angola e descredibiliza a União Africana", insiste a Presidência no comunicado em que "convida" o autor das declarações a dizer quem pagou, quanto pagou e a quem se pagou para que Angola assumisse a Presidência da União Africana".