Para esta tarefa, segundo o líder deste partido histórico, a organização mandou imprimir 700 mil cartões de militantes, dos quais 300 mil já foram distribuídos nas 18 províncias do País.

"Até aqui não temos o número exacto de militantes que o nosso partido controla. Essa base de dados é uma inovação eficaz para melhor projectar a programação partidária nos próximos anos", disse ao Novo Jornal o presidente do partido, salientando que a direcção do partido definiu no programa este sistema como uma das tarefas a executar a partir deste ano.

Segundo Nimi a Nsimbi, é importante que os militantes estejam mais engajados na mobilização e na organização das estruturas de base, para torná-las mais proactivas.

"O nosso foco é estarmos engajados de maneira a convencermos mais pessoas a ingressarem nas fileiras da nossa formação política, de modo a tornarmos o nosso partido forte no País, tendo em vista as eleições de 2027", salientou.

"A mobilização deve continuar de forma firme, resiliente e proactiva, a fim de mobilizar novos militantes para o engrandecimento do partido", acrescentou.

Nimi a Nsimbi também quer ver o partido a funcionar em todo o País, para recuperar, deste modo, a hegemonia que teve no passado.

Refira-se que nas últimas eleições de 2022 a FNLA conseguiu dois deputados.

Foi fundado em 1954, com o nome de "União das Populações do Norte de Angola" (UPNA), assumindo em 1958 o nome de "União das Populações de Angola" (UPA). Em 1962, a UPA, ao absorver outro grupo anticolonial - o Partido Democrático de Angola (PDA) -, constituiu a FNLA.

A FNLA foi um dos movimentos nacionalistas angolanos durante a guerra anticolonial de 1961 a 1974, juntamente com a UNITA e o MPLA.

No processo de negociação da descolonização de Angola, em 1974/1975, bem como na guerra civil angolana de 1975 a 2002, combateu o MPLA ao lado da UNITA.

Desde 1991 é um partido político cuja importância tem vindo a diminuir drasticamente, em função dos seus fracos resultados nas eleições legislativas desde 1992.