"Este não é o momento para julgar o que José Eduardo dos Santos (JES) fez e o que não fez. O momento é de luto", disse ao Novo Jornal o porta-voz da UNITA.

De acordo com o político, não obstante algumas falhas na sua governação, JES "sempre esteve ao lado dos angolanos em momentos difíceis".

"A UNITA lamenta a morte deste nacionalista. A qualquer momento o nosso partido vai fazer um pronunciamento oficial", acrescentou.

O presidente da CASA-CE, Manuel Fernandes, lamentou a morte de JES, salientando que foi "uma figura congregadora e neste momento de dor e luto, o povo angolano sente pelo desaparecimento físico".

"O desaparecimento de um ser humano é lamentável. JES apesar de algumas irregularidades, fez tudo para o bem de Angola", frisou.

O porta-voz da FNLA, Ndonda Nzinga, lamentou que a morte do ex-presidente, sublinhando que Angola perdeu um filho que sempre esteve ao lado dos angolanos.

"Perdeu toda a sua juventude por causa de Angola. A sua morte deixa o País com muita dor", disse.

O presidente do PRS, Benedito Daniel, disse que JES foi uma figura importante no País e a sua morte deixa os angolanos constrangidos.

"Foi um homem importante para Angola. Neste momento devemos estar solidários com a família", referiu.

O deputado do MPLA, Tomás da Silva, disse que Angola perdeu o seu filho amado, frisando que o Executivo continuará a dar o apoio a família.

"Foi um homem de bem. O MPLA está de luto", resumiu.

Vivia-se o dia 21 de Setembro de 1979 e José Eduardo dos Santos cumpria o "honroso dever de prestar sermão" na cerimónia solene da sua investidura como Presidente da República Popular de Angola, Comandante-em-Chefe das Forças Armadas Populares de Libertação de Angola e Presidente do MPLA-Partido do Trabalho, sucedendo a Agostinho Neto. Em 2016, a Rádio Nacional de Angola noticiava que o Presidente José Eduardo dos Santos não se iria recandidatar nas eleições de agosto de 2017. O seu ministro da Defesa, João Lourenço, acabaria por ser nomeado como candidato do MPLA, tornando-se depois Presidente da República nas eleições gerais de 2017.