No relatório do Ministério da Saúde (MINSA) referente a esta terça-feira, 18, pode ler-se que as províncias onde foram registados estes 124 novos casos de infecção pelo vibrião colérico, o agente causador da doença, são Bengo, Luanda, Icolo e Bengo e Malanje.
O Bengo voltou a ser a província com mais casos, 53, seguindo-se Luanda, com 45, 16 no Icolo e Bengo e um em Malanje, sendo qaue não foram adiantados dados sobre o eventual efeito das chuvas dos últimos dias neste quadro de infecção regionalizada.
Actualmente, segundo a Lusa, que cita o documento, 98 pessoas tiveram alta e 161 estão internadas com cólera, dos 4.359 casos registados no total, com 2.088 na província de Luanda, 1.678 na província do Bengo, 528 na província do Icolo e Bengo, 29 na província do Cuanza Sul, 15 na província de Malanje, sete na província do Huambo, seis na província da Huíla, cinco na província do Zaire, dois na província do Cuanza Norte e um na província do Cunene, com idades compreendidas entre os 2 e os 100 anos.
O grupo etário mais afectado é o dos 2 aos 5 anos com 670 casos e 23 óbitos, seguido do grupo etário dos 10 aos 14 anos com 551 casos e dez óbitos.
Recorde-se que, segundo dados recolhidos em diversos estudos internacionais, com incidência nos países menos desenvolvidos, em média existem mais quatro doentes por cada um confirmado laboratorialmente.
A razão principal para esta disparidade é que as unidades de saúde nem sempre dispõem dos componentes básicos para a testagem e porque muitos dos casos são assintomáticos, embora estes portadores do vibrião colérico, agente responsável pela doença a continuem a transmitir na comunidade em que estão inseridos.
Água e alimentos infectados e mal higienizados são a principal causa na transmissão comunitária da cólera.
A vacina e a higiene são os métodos mais eficazes para combater a propagação desta doença, considerada globalmente como uma infecção do 3º mundo.