A insólita prática de fotografar exames de raio-x com telemóveis nos hospitais públicos do País, outrora um recurso de improviso, enraizou-se na rotina quotidiana. Apesar de se tratar de um problema antigo e recorrente, a falta de películas para a impressão dos exames de imagem continua a forçar pacientes e médicos a recorrer a "ginásticas" com recursos a smartphones e impressões em papel A4 para a obtenção dos resultados. A situação, segundo apurou o Novo Jornal, já se estende às unidades sanitárias recentemente inauguradas e apetrechadas com equipamentos de ponta e que custaram ao Estado milhões de dólares.

No Hospital Geral de Luanda, segundo os profissionais, a situação vive-se há largos anos. Devido à escassez do material, foi definida uma regra: uma única película é dividida em quatro partes, sendo usada apenas em casos urgentes de pacientes com tuberculose, infecção pulmonar ou em situações de transferência para outras unidades. Noutros casos, só mesmo com telemóveis ou em última instância, recorrer aos centros privados.

Já no Josina Machel, vulgo "Maria Pia", o mais antigo hospital público do País, a instalação do sistema PACS, em que os resultados são reencaminhados para os computadores dos gabinetes médicos ligados por uma rede, surgiu como uma solução para "fintar" a escassez deste insumo. Contudo, falhas na internet comprometem a eficácia do sistema e empurram os profissionais de saúde e pacientes de volta à medida de fotografar os exames.

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