Dos mais de 90 colégios que leccionam cursos médios de Saúde em Luanda, apenas trinta e dois estão legalizados. Divulgados ao Novo Jornal pelo bastonário da Ordem dos Enfermeiros de Angola (ORDENFA), Paulo Luvualu, os dados são confirmados por uma fonte do Ministério da Educação (MED), que adianta que o organismo, sob orientação da ministra Luísa Grilo, está a passar "pente fino" às instituições privadas ligadas ao ensino médio técnico de Saúde.
"É um processo que ainda não terminou, mas posso garantir que, durante a inspecção a colégios de Saúde, notámos que a maior parte trabalha de forma ilegal, mas o Ministério da Educação quer regular a situação", disse, sem, no entanto, avançar o número de instituições já visitadas.
A fonte sublinhou, igualmente, que, após o término das visitas, aquelas instituições que funcionam de forma legal, mas que não reúnem as condições recomendadas [laboratórios, equipamentos técnicos e professores capacitados], não terão as licenças renovadas.
Sobre a situação, em declarações ao Novo Jornal, o bastonário da ORDENFA, Paulo Luvualu, fez saber que a instituição que dirige não pode decidir sobre os colégios, pelo que pede à Inspecção-Geral da Administração do Estado (IGAE), à Inspecção da Saúde e ao Ministério da Educação (MED) que tomem as devidas medidas.
"A ORDENFA não tem poder para encerrar um colégio, não é nosso papel. O que fazemos é apelar a quem de direito e velar pela qualidade dos profissionais que estão a ser colocados no mercado de trabalho, já que sabemos que a situação não é boa", reiterou.
O alerta do "número um" da Ordem dos Enfermeiros encontra apoio até mesmo entre os colégios, a julgar pelo que diz o presidente da Associação Nacional do Ensino Particular (ANEP).
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