Luanda, Huambo, Malanje e Benguela foram palco de violentos tumultos durante três dias. Segundo a Polícia Nacional, foram destruídos 118 estabelecimentos comerciais, 24 autocarros públicos, mais de 20 veículos particulares, cinco viaturas das forças de defesa e segurança, uma motorizada e uma ambulância.

Em Luanda ainda é visível o rasto de destruição deixado por este vendaval que varreu a província durante três dias, mas o trânsito já flui com regularidade, os táxis azuis e brancos voltaram a circular e as paragens estão de novo cheias de gente.

Nas principais zonas de comércio informal, como as do São Paulo, congolenses, Hoji Ya Henda e IFA, no Cazenga, voltou-se à habitual rotina.

Vários dos supermercados "Arreiou" em diversos bairros e Luanda abriram as portas para atendimento ao público, depois de muitas outras lojas do grupo terem sido destruídas devido aos actos de sabotagem e pilhagem durante os dias de caos que Luanda viveu.

A estrada da Samba, a Avenida 21 de Janeiro, a Pedro de Castro Van-Dúnem Loy, a Deolinda Rodrigues (na foto), assim como a via expressa, têm trânsito fluido e trafega-se com tranquilidade.

Os transportes públicos também circulam com normalidade.

Em alguns pontos muitas instituições continuam fechadas, devido a ao receio deicxado pelos últimos acontecimentos.

As unidades hospitalares registam já maior movimento depois do regresso à normalidade.

A Empresa de Limpeza e Saneamento de Luanda (ELISAL) removeu os vários objectos e o lixo nas zonas afectadas por actos de vandalismo, registados na segunda, terça e quarta-feira, em vários pontos da província de Luanda.

Geraldo Wanga, presidente do Sindicato dos Taxistas de Angola (STA) e fundador da Associação Nova Aliança dos Taxistas (ANATA), disse ao Novo Jornal ser importante que os núcleos e organizações de taxistas ajudem a ELISAL na remoção de objectos e na limpeza da cidade de Luanda.

Entretanto, a ANATA, a organização que convocou a greve de três dias, que depois descambou em actos de vandalismo e arruaças protagonizados por milhares de populares, diz que a associação continua disponível para um diálogo aberto com as autoridades para que se vejam atendidos os pontos do caderno reivindicativo apresentado.

Nos últimos dias, devido ao clima de insegurança generalizada, diversos estabelecimentos comerciais e instituições públicas estiveram encerrados.

A greve dos taxistas, iniciada na segunda-feira, em Luanda, descambou em bloqueios, confrontos e vandalismo, devido ao descontentamento da população face ao aumento do preço dos combustíveis. Barricadas, pneus queimados, pilhagens e viaturas vandalizadas marcaram os dias da greve dos taxistas.