O tribunal atestou que Pedro Lussaty e os demais arguidos se apropriaram de avultadas somas de dinheiro da Casa de Segurança do Presidente da República da República.

Segundo o acórdão, os condenados apoderaram-se de 36 mil milhões de kwanzas do Estado.

Os arguidos foram ainda condenados a pagar uma indemnização de mil milhões de kwanzas e uma taxa de justiça de 200 mil kwanzas ao Estado.

Conforme o tribunal, ficou provado que os arguidos criaram um esquema fraudulento na Casa de Segurança do PR.

Também ficou provado, segundo o acórdão, que os arguidos levantavam dinheiro na caixa forte do Banco de Poupança e Crédito (BPC) que depois levavam em carrinhos, em secos pretos e em caixas, para uma unidade hoteleira de um dos arguidos, onde repartiam os valores.

O tribunal assegurou que o "major milionário" e outros arguidos inseriam nomes nas folhas de pagamento de salários da Unidades de Desminagem pertencentes à Casa de Segurança do Presidente da República.

Antes da condenação, os arguidos foram absolvidos dos crimes de associação criminosa, comercialização de moeda e abuso do poder.

Jacinto Hengombe ex-assistente principal da Casa de Segurança do PR foi condenado a 11 anos de prisão.

Já o arguido Manuel Correia, antigo comandante da Casa de Segurança do PR, na província do Kuando Kabango, por ter confessado, foi condenado a uma pena de três anos de prisão com efeito suspensivo.

Dos 49 arguidos 15 tiveram a pena efectiva e os demais viram as penas suspensas. Três arguidos no processo foram absolvidos.