O advogado ofendido pede ao tribunal que o agente da Polícia o indemnize no valor de oito milhões de kwanzas pelos danos materiais que lhe causou.

A agressão ocorreu a 13 de Dezembro de 2022, no município de Belas, quando o advogado defendia os interesses da sua constituinte num litígio de terras, e a Polícia Nacional afecta ao comando de Belas foi chamado a intervir.

Conta a acusação que o agente, também interessado no terreno, imbuído de fúria, decidiu molestar o advogado com palavras ofensivas, e este, ao tentar fazê-lo perceber que era advogado e que estava em pleno exercício de funções, foi esbofeteado.

Segundo a acusação, o agente desferiu bofetadas, pontapés e ainda arrastou pelo chão este defensor, que a seguir foi colocado na patrulha da polícia e levado para a esquadra.

Conforme o Ministério Púbico Militar, posto no comando municipal de Belas, o agente impunemente agrediu verbal e fisicamente o advogado.

Mesmo com a ordem do seu superior, este agente não quis acalmar-se e apontou uma arma ao advogado em plena enquadra.

O Ministério Púbico Militar acusa o agente da PN dos crimes de ofensas simples à integridade física, coacção grave e abuso de poder.

Entretanto, o advogado ofendido, Claudino Pereira, pede uma indemnização de oito milhões de kz pelos maus tratos sofridos e pelos danos morais.

Ao Novo Jornal, o jurista Calisto Moura salienta que um advogado, assim como um jornalista, em exercício da sua actividade, goza de imunidade e tem proteccção da Constituição.