O relatório, que "avalia o desenvolvimento dos mercados financeiros em todo o continente do ponto de vista da transparência, acessibilidade e abertura", refere que as 29 economias analisadas representam cerca de 80% da população e também do Produto Interno Bruto (PIB) de África.
A avaliação usa seis pilares para chegar ao índice final: profundidade do mercado, acesso a moeda estrangeira, transparência do mercado, do fisco e do ambiente regulatório, desenvolvimento dos fundos de pensões, ambiente macroeconómico e transparência, e padrões legais e aplicabilidade.
O índice regista melhorias de Angola em três dos seis pilares avaliados, com subidas na pontuação nos pilares 1 (Profundidade do mercado), 5 (Ambiente macroeconómica e transparência) e no 4 (Desenvolvimento de fundos de pensões).
O País desce três lugares no Pilar 2, que examina a capacidade dos investidores internacionais repatriarem facilmente capital e a capacidade dos bancos centrais de gerir a volatilidade dos fluxos de capital estrangeiro, ou seja, Angola desce três valores na pontuação, mas é registado que está, apesar de tudo, no grupo de cinco países com o maior volume de reservas internacionais.
"Apesar do difícil cenário macroeconómico, os países africanos estão a expandir e a diversificar activamente as suas ofertas de produtos financeiros para atrair investimento nacional e estrangeiro", lê-se no relatório do Índice Absa, onde é acrescentado que instrumentos como o financiamento islâmico e o financiamento climático estão a ajudar a ir ao encontro das mudanças nas preferências dos investidores e a alinhar-se com as tendências globais das finanças éticas.
Segundo a Comissão Económica das Nações Unidas para África (UNECA), o Índice "destaca a crescente importância do financiamento alinhado com o clima, com mais economias a emitir obrigações verdes e ligadas à sustentabilidade, a realizar testes de stress climático e a lançar plataformas como o primeiro mercado voluntário de carbono regulamentado de África".

