Segundo os relatos das agências de notícias internacionais, as explosões, que ocorreram em simultâneo, cerca das 08:00 locais, quando milhares estavam nas igrejas (cerca das 03:00 de Luanda), atingiram três das maiores cidades do país, incluindo Colombo, a capital, onde pereceram cerca de 50 das 156 vítimas mortais, conformadas até ao momento, Negombo e Batticaloa, e pelo menos 400 feridos, muitos deles com extrema gravidade, temendo-se que a lista de mortos possa aumentar substancialmente nas próximas horas.

Negombo foi a localidade onde mais pessoas perderam a vida, perto de 70, nesta sucessão sincronizada de explosões, num dos mais violentos atentados terroristas a atingir o Sri Lanka, país com uma longa tradição de terrorismo e uma guerra civil que vingou de 1983 a 2009, entre as Forças Armadas e os guerrilheiros dos Tigres Tamil, que pretendiam criar um Estado independente, no nordeste do Sri Lanka.

Apesar de os Tigres Tamil terem sido militarmente derrotados, grupos dispersos mantiveram alguma actividade e são recorrentes pequenos incidentes, principalmente dos islamistas do NTJ (National Thowheeth Jama'ath), principais suspeitos da autoria destes ataques, havendo mesmo relatos de que a polícia tinha recebido um alerta interno, segundo noticou a AFP, sobre esta possibilidade.

Este é um dos ataques terroristas mais violentos desde o fim do conflito com os Tigres Tamil, que, durante os mais de 25 anos de vigência, provocou cerca de cem mil mortos, e, ainda segundo fontes policiais citadas pelas agências, devido ao elevado nível de organização que a sincronização das explosões demonstra, o país pode estar à beira de um regresso do pânico generalizado ao seio da população que tinha sentido um forte alívio quando há 10 anos terminou a guerra com os guerrilheiros de etnia Tamil.

No mapa das explosões é descrito pelos media internacionais como tendo ocorrido quatro explosões em Colombo - foi atingida uma igreja e três hotéis -, e dois tempos católicos nas cidades de Negombo, um importante centro católico do Sri Lanka, região onde vive uma grande parte dos 6,1 por cento dos católicos do país, e ainda em Batticaloa.

Até ao momento não há indicações da existência de angolanos entre as vítimas, tendo a imprensa portuguesa noticiado que entre os cidadãos de países lusófonos consta um morto de nacionalidade portuguesa.