CUMPRE-NOS INFORMAR QUE precisamos de aperfeiçoar as medidas e de adaptá-las às diferentes realidades. Há uma estigmatização da Covid-19 que começa em determinado discurso político, passa pela actuação das equipas sanitárias e forças de segurança, terminando nas famílias. Do ponto de vista institucional, precisamos de uma linguagem menos técnica, mais objectiva e pedagógica. Precisamos de uma nova abordagem e compreensão dos políticos perante o escrutínio dos jornalistas, pois os jornalistas estão no exercício de uma actividade profissional, cuja função é também questionar e procurar respostas às questões que precisam de ser respondidas. É preciso trabalhar na educação e na consciência dos cidadãos, é preciso adoptar medidas de prevenção, comunicar e colaborar com as autoridades. Em tempo de circulação comunitária do vírus, temos de estar conscientes da gravidade da situação, da emergência e de evitar o risco. CUMPRE-NOS INFORMAR QUE nos faz falta uma cultura de compromisso e de noção do risco, nos falta um certo sentido de responsabilidade e de responsabilização.

CUMPRE-NOS INFORMAR QUE as prioridades continuam invertidas, pois se investem cinco milhões de dólares norte-americanos numa clínica dentária presidencial, quando a comunicação social reporta o drama de cidadãos que pernoitam ao relento defronte a hospitais ou outras unidades de saúde, sem condições de higiene e de segurança, sem respeitar as medidas de prevenção da Covid-19, porque não se criaram condições para os acomodar enquanto aguardam por informações sobre o estado clínico dos seus familiares.

CUMPRE-NOS INFORMAR QUE causa indignação ver o drama de centenas de crianças (e das mães) que aguardam, há meses, por uma cirurgia para tratar o problema da hidrocefalia e que o único hospital do País é incapaz de curá-las, porque não há financiamento ou apoio do Estado. A higiene bucal e o sorriso de quem manda têm a máxima prioridade.

CUMPRE-NOS INFORMAR QUE se torna difícil aceitar que um Estado que, em defesa da sua soberania, já «combateu» em importantes frentes diplomáticas, que julgou, condenou e até fuzilou mercenários, que colocou em sentido os franceses com o Angolagate, fez frente a determinados círculos políticos, judiciais, económicos e mediáticos portugueses com o «Irritante», que já chegou a «advertir» a Administração Reagan para "tirar as mãos de Angola", esteja agora a claudicar ou a deixar-se levar no jogo da IURD, que pretende criar um facto político e diplomático entre Angola e Brasil, com a rebelião dos pastores angolanos. A IURD generaliza uma situação particular, um conflito interno de uma igreja e, através dos seus meios de comunicação, tenta passar a ideia de que a comunidade brasileira em Angola está a ser perseguida. A IURD «força» a intervenção do Presidente Jair Bolsonaro, que enviou uma carta ao seu homólogo angolano, João Lourenço, dos ministros das Relações Exteriores, do seu embaixador em Luanda, utiliza os seus lobbies no Senado para forçar uma vinda de senadores para "civilizarem" as autoridades "daquele País africano". Um assunto da esfera do poder judicial, que fruto de uma estratégia ardilosa da IURD, passa já para o Poder Executivo e Legislativo. Onde fica a separação de poderes e a sua independência? Quando membros do Executivo angolano assumem que o caso vai ser discutido/solucionado na Assembleia Nacional, não estarão a agir sob pressão das redes de influência externa e interna da IURD?

CUMPRE-NOS INFORMAR QUE os espaços pagos pela IURD em televisões e rádios nacionais passaram a ser espaços informativos tóxicos para atacar pessoas e instituições, bem como promover a xenofobia, uma actividade muito diferente daquela para que foram licenciados estes espaços.