Segundo o porta-voz da Polícia Nacional, subcomissário Mateus Rodrigues, apesar de a polícia dispersar a manifestação, não houve arruaça por parte dos manifestantes.
A PN diz ter havido "apenas dois feridos, um ligeiro e outro grave", ao contrário da dos 15 anunciados pelos organizadores da manifestação.
Segundo o comando geral da Polícia Nacional, a manifestação foi controlada e teve um asseguramento positivo do ponto de vista policial.
Mateus Rodrigues diz que os manifestantes queriam atingir a Assembleia Nacional (AN), contrariando a lei de reunião e manifestação.
Segundo a PN, a manifestação correu de forma pacifica e ordeira entre o Mercado do São Paulo até às imediações do 1º de Maio, onde os manifestantes foram aconselhados a não prosseguir com a marcha até ao Largo da Maianga, visto que a intenção era a de atingir a Assembleia Nacional.
Conforme a PN, após serem desaconselhados, os manifestantes insistiram e a polícia sugeriu que fossem então manifestar-se até ao Largo do Soweto, mas os manifestantes não acataram essa orientação policial.
"Tentaram chegar à força aos seus objectivos, que eram ilegais, atingir Assembleia Nacional, aí tivemos de fazer o uso de força moderada e não letal, no sentido de dissuadir os manifestantes da conduta que violava a Lei", explicou Mateus Rodrigues, num comunicado oficial da PN.
Entretanto, segundo o grupo denominado "sociedade civil contestatária" a marcha tinha como partida o Mercado de São Paulo e dirigia-se ao Largo da Maianga, onde seria lido o manifesto.
Adilson Manuel, porta-voz da organização da manifestação de sábado, disse que a PN não prestou qualquer informação após chegarem às imediações do 1º de Maio, e que apenas foram impedidos pela Polícia de Intervenção Rápida (PIR).
Segundo a organização, a PIR apenas avisou que tinham ordem para dispersar a manifestação e que a PN não se mostrou disponível para negociar o itinerário da marcha.
O porta-voz da organização da manifestação esclareceu que após o impedimento da PN, os manifestantes resistiram durante três horas de forma pacífica, deixando o critério da violência à polícia, e assim "sucedeu".
Mateus Rodrigues, porta-voz da PN, assegura que não houve detenções nem arruaças depois da dispersão da manifestação e realça que a Polícia Nacional existe para fazer cumprir a Lei.