Os camponeses litigantes no mediático e já longo caso de briga por terras no Lar do Patriota, a Sul da capital do País, «flagraram» um «deslize» no relatório de sentença da providência cautelar para «cavar» um «golpe» contra Julião Mateus Paulo «Dino Matrosse»: o documento, lavrado na Sala Cível e Administrativo do Tribunal Provincial de Luanda, coloca o histórico do MPLA como representante do grupo empresarial DJJ-Empreendimentos Lda e fez soar o alarme da incompatibilidade com o cargo de deputado. A Assembleia Nacional já foi notificada do incidente, apurou o Novo Jornal de fonte documental.

É logo no primeiro parágrafo de um relatório de oito páginas em que se encontra a informação que poderá colocar em xeque o mandato de deputado do ex-secretário-geral do partido dos camaradas: "Vieram a FLP - Lar do Patriota, localizada na rua 24, 107, na Urbanização Harmonia Lar Patriota, município do Talatona, representada por Jorge Inácio Chinquengue; Empresa DJJ - Empreendimentos Lda., com sede em Luanda, representada por Julião Mateus Paulo...", lê-se no documento, datado de 10 de Novembro de 2020.

A sentença refere-se a uma providência cautelar interposta por um grupo de empresas e cidadãos que prosseguem os mesmos fins de Dino Matrosse, contra os camponeses da Associação Anandengue no litígio por vários hectares de terras, que já dura há quase duas décadas. Entretanto, o que o veterano político não teria imaginado é que este documento, que lhe abriu as portas à restituição de terras que se encontravam em posse dos camponeses, na agitada tarde de 02 de Dezembro de 2020, é que o mesmo fosse usado contra si, para colocar em causa a sua condição de deputado à Assembleia Nacional (AN).

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