"A repartição dos minutos é uma decisão injusta. Em 2012, com oito deputados, tivemos 16 minutos e em 2017, com 16 assentos, em vez de 32, foram reduzidos para 21 minutos na grelha de intervenção", lamentou.
Segundo Alexandre Sebastião André, os oito deputados que rejeitaram a sua reintegração, não são um grupo parlamentar para terem direito a 11 minutos de intervenção na Assembleia Nacional.
"Com essa decisão, vamos recorrer ao Tribunal Constitucional, porque nada consta no regimento interno da Assembleia Nacional", acrescentou.
Os presidentes dos Grupos Parlamentares da Assembleia Nacional tomaram essa decisão por não haver entendimento entre as partes, depois do ultimato dado pelo presidente da Assembleia Nacional, Fernando Dias dos Santos.
A não reintegração dos deputados dissidentes tem como consequência a perda de uma parte de subsídio que o grupo parlamentar recebe mensalmente da Assembleia Nacional para manter o normal funcionamento.
Este subsídio, segundo apurou o Novo Jornal, será distribuído pelo MPLA e a UNITA.
Recorde-se que oito dos 16 deputados da CASA-CE demarcaram-se daquela bancada alegando um conjunto de vicissitudes que têm atrapalhado o normal desempenho da coligação de partidos.
A CASA-CE ficou dividido ao meio depois de o ex-presidente da coligação, Abel Chivukukuvuku ter sido afastado do cargo, em Fevereiro do ano passado, por alegada quebra de confiança política.
Os deputados dissidentes são: Lindo Bernardo Tito, Carlos Candanda, Leonel Gomes, Odete Joaquim, Vitória Chivukuvuku, Abel Lubota, Sampaio Mucanda e Lourenço Domingos.