Esta será a primeira vez que o secretariado do bureau político do comité central do MPLA vai falar publicamente sobre o assunto.

Na semana passada, as centrais sindicais e o Ministério da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social sentaram-se à mesma mesa para juntos tentarem encontrar uma solução, mas não chegaram a entendimento.

O Executivo é a favor de um aumento do salário mínimo nacional alinhado à estabilidade dos empregos, redução da informalidade e do aumento da produtividade que permita o crescimento económico e diz que o salário mínimo exigido pelas centrais sindicais, na ordem dos 245 mil kz, não é sustentável.

As centrais sindicais anunciaram a greve geral na função pública, considerando que o Governo "fez ouvidos de mercador" às exigências dos trabalhadores, menosprezando a proposta de aumento salarial na ordem dos 250%, reduzido agora para 100%.

A UNITA, maior partido da oposição, quer levar, nos dias 21 e 22 de Março, ao Parlamento, a discussão sobre as causas da greve geral da função pública e as consequências políticas, económicas, sociais e psicológicas desta paralisação.