Lucapa, Cambulo e Cuango são três dos municípios visados neste plano das autoridades nacionais para evitar que se repita o cenário de há alguns anos, quando estas vastas áreas de garimpo ilegal estavam tomadas por milhares de imigrantes ilegais da RDC, mas também de outros países da África subsaariana.
De acordo com os jornalistas da Angop na Lunda Norte, há poucos dias, um grupo de mais de 500 garimpeiros ilegais, na sua maioria oriundos da RDC, foram dispersos pelas forças de segurança depois de terem penetrado na exploração de Mussolobela, no Cambulo, que pertence à Sociedade Mineira de Chitotolo.
Em causa está, para além da exploração ilegal de diamantes, também a questão do desrespeito das regras do estado de emergência em vigor no país no âmbito da luta contra a progressão da pandemia da Covid-19, que tem como uma das principais regras a inviolabilidade das fronteiras.
Foi por essa razão que as autoridades nacionais optaram por avançar com uma resposta musculada para retomar o controlo das fronteiras e dos territórios mais procurados pelos garimpeiros ilegais.
O delegado provincial do Interior na Lunda Norte, Alfredo Quintino, explicou, citado pela Angop, que a Bacia do Cuango está, ultimamente, a ser a zona mais procurada pelos ilegais oriundos do país vizinho, tendo, por isso, merecido uma atenção especial, a ponto de, para além da Polícia Nacional, do Exército e das empresas de segurança privada,, sido enviados forças militares especiais, como Comandos, e a Polícia de Intervenção Rápida (PIR).
A operação em curso levou à detenção de mais de 200 congoleses que atravessaram ilegalmente a fronteira, na sua grande maioria para a prática do garimpo ilegal.