Através de um comunicado de imprensa, citado pela Angop, o gabinete de comunicação institucional e imprensa do governo do Zaire reconhece que o concurso público para ingresso no sector da educação da província violou os princípios de rigor, transparência, isenção e imparcialidade.

A constatação assenta nos resultados de um inquérito instaurado no passado mês de Outubro, que apurou que os candidatos realizaram as provas ou os exames em locais impróprios, não indicados, "facto que por si só revela ter havido fraude".

Por outro lado, avança a Angop, "ficou provado terem ocorrido omissões e erros na elaboração das provas pelas comissões técnicas municipais que coordenaram os concursos públicos".

Perante a gravidade dos factos apurados, o governo do Zaire promete "tomar medidas disciplinares e outras que se impuserem", e, em articulação com o Ministério da Educação, encontrar soluções para os problemas identificados e para satisfazer as reclamações apresentadas pelos candidatos.

O governo provincial adianta que as 688 vagas inicialmente disponibilizadas ao Zaire pelo Ministério da Educação foram reforçadas com outras 100, a pedido das autoridades locais, mas que apenas 382 foram preenchidas, devido ao elevado número de candidatos com notas negativas.