O ministro referiu-se às quatro mortes de cidadãos que ocorreram recentemente nos bairros Rocha Pinto, Cazenga, Prenda e no Mercado do Peixe, na província de Benguela, e tranquilizou as famílias enlutadas, garantindo que "os autores de tais práticas estão a ser responsabilizados criminalmente".
Eugénio Laborinho realçou que o Ministério do Interior (Minint) nunca recebeu qualquer orientação do Presidente da República e Comandante-em-Chefe das Forças Armadas Angolanas, João Lourenço, e que nunca deu ordens para que a Polícia matasse ou violente fisicamente cidadãos.
"O povo nunca foi, e nunca será, inimigo nem adversário das forças de defesa e segurança. Pelo contrário, existimos para servir a sociedade e o povo", disse o ministro durante o acto de tomada de posse e imposição de patentes aos novos oficiais comissários nomeados e promovidos pelo Presidente da República.
Eugénio Laborinho apelou a todos os membros do Minint a não fazerem o uso da arma de fogo contra cidadãos indefesos que não oferecem qualquer perigo às forças de defesa e ordem interna.
O ministro afirmou que as armas de fogo devem ser utilizadas em casos extremos e quando estiverem em causa a integridade física ou a vida dos efectivos e dos cidadãos.
O responsável pelo Minint reafirmou, de igual modo, que a luta contra a corrupção em Angola já é um facto, e o Executivo angolano, ao mais alto nível, tem estado a alertar sobre este desafio.
"É necessário que se imprimam novas estratégias que contribuam para o controlo da criminalidade, contando com o apoio dos demais órgãos que intervêm na segurança pública do País, pois, antes prevenir do que emendar", afirmou Eugénio Laborinho.
Recorde-se que, por despacho presidencial, foram elevadas várias personalidades do Minint ao grau de comissários e subcomissários, com realce para Margarida Barros, Waldemar José, Engrácia Costa e Rosa Bessa.
Estiveram presentes no acto os secretários de Estado do Interior, o comandante geral da Polícia Nacional, e membros do conselho consultivo do Minint.