Em declarações à RNA, subprocurador da província do Kwanza Sul, Joaquim Macedo, afirmou que este inspector das Finanças não tinha qualquer relação com os processo, embora, como o Novo Jornal noticiou na terça-feira, Rodrigues Eduardo estivesse convocado para prestar declarações na PGR na quarta-feira.

Nas referidas declarações a PGR do Kwanza Sul nota que Rodrigues Eduardo nunca trabalhou em qualquer processo em fase de instrução, admitindo, no entanto, que está ciente de que o inspector "estava ligado a serviços de Finanças" da província, embora se encontrasse em Luanda desde o início do estado de emergência por causa da pandemia da Covid-19 e já estava nesta cidade antes de os processos terem sido iniciados.

Rodrigues Eduardo, de 35 anos, inspector-geral das Finanças do Kwanza-Sul, que devia prestar declarações à Procuradoria-Geral da República (PGR) na quarta-feira, 03, no âmbito do processo-crime que envolve o governador daquela província, Job Capapinha, foi assassinado no Domingo, 31 de Maio, no município do Cazenga, em Luanda, com um tiro à queima-roupa.

O crime, apurou o NJ junto de fontes do Serviço de Investigação Criminal (SIC), ocorreu na via pública, por volta das 21:00, no bairro Gesso, na Rua das Bombas Azul, quando quatro indivíduos, até agora não identificados, que se faziam transportar em duas motorizadas, surpreenderam a vítima, mandaram-na abrir a porta da viatura e, em seguida, efectuaram dois disparos, um dos quais atingiu Rodrigues Eduardo no membro superior esquerdo, tendo perfurado a região do tórax, causando-lhe morte imediata.