Para Paulo almeida, o projecto permitirá uma melhor prestação de serviço dos efectivos da PN, explicando que este novo modelo de esquadra e de policiamento vai funcionar com meios de transporte adequados, o que permitirá responder de forma eficaz às preocupações dos cidadãos quanto à questão de segurança pública.

"O projecto visa melhorar a nossa prestação, a nossa eficiência e também a nossa eficácia. É um projecto em que reunimos as chamadas três valências fundamentais da polícia ou de um polícia, nomeadamente a prevenção, a investigação e a reacção. Com estes três elementos estamos a compor uma polícia, estamos a realizar a actividade de um polícia", referiu.

O comandante-geral considerou as esquadras e postos policiais como os instrumentos mais importantes da actuação policial, daí a necessidade de serem cada vez mais modernizados para permitirem um combate cerrado à criminalidade.

"Precisamos ter elementos suficientes para que o crime não aconteça, precisamos investigar para saber as reais motivações do crime ou os reais autores do crime. E reagir sobre aqueles que de facto cometem crimes", disse.

Questionado pelo NJOnline se o projecto "A nossa esquadra" vai facilitar a pronta intervenção da Polícia Nacional em face à inexistência de meios operacionais que tem criado bastante dificuldade aos efectivos, o responsável respondeu que será mais razoável porque as esquadras terão um total de 300 efectivos para uma população de quase 100 mil habitantes.

"Evidentemente que haverá algumas falhas, se houver várias ocorrências ao mesmo tempo e em vários locais. Mas nós criámos mesmo isso para suprir estas necessidades, porque as esquadras não tinham meios, não tinham forças, as esquadras funcionavam com 20, 30 elementos, num quadro geográfico de 27 quilómetros quadrados com 100 mil habitantes e não fazíamos nada", revelou, acrescentando que existia também o grande problema do atendimento ao público.

"O público vinha, queixava-se e não tinha respostas, então estas esquadras vêm para recolher informação e reagir perante aquilo que são denúncias que o público faz. Outra questão fundamental é a proximidade e o trabalho que as esquadras vão fazer com as comunidades porque vão estar inseridas, vão estar enquadradas", garantiu o oficial.

O responsável salientou ainda que a Polícia Nacional está a qualificar os quadros para garantir melhor qualidade de trabalho nas esquadras.

"O novo projecto "A nossa esquadra" é formado por efectivos nossos que passam por uma formação. Eles têm de conhecer qual é o seu papel, têm de conhecer qual é a sua missão, têm de ser profissionais, de saber o que é ser polícia. Como atender o público, como fazer um processo, como elaborar um auto de notícia e como comunicar com a população", disse.

No entender do número um do Comando Geral da Polícia Nacional, o factor mais importante é enquadrar agentes com capacidade e organizar salas de atendimento às vítimas.

"Hoje fala-se muito da violência doméstica e outras coisas mais, nós vamos ter uma sala que vai atender a essas situações. Mas para isso precisamos de quadros com capacidade, com salários justos e características de apaziguamento", afirmou, sublinhado que hoje a PN está a investir nos centros de controlo eletrónico para ter uma maior abrangência e uma melhor observação dos territórios, "porque só com homem e meios nas ruas não é possível", descreveu.