Os grupos carnavalescos de todo o País recebem uma verba do Executivo para se apresentar nos desfiles, num período de 40 a 30 dias antes do entrudo. Entretanto, este ano, a esta altura, quando já devia estar tudo preparado, até ao fecho deste jornal, os agentes ainda não haviam recebido as verbas para fazer face às apresentações.

A aprovação do OGE 2023, prevista para o dia 13, terça-feira, é um dos elementos que condicionam o "desbloqueio" das verbas, segundo o secretário-geral da Associação Provincial do Carnaval de Luanda (APROCAL), António de Oliveira "Delon", alegando que não é o único motivo que faz atrasar a distribuição de dinheiro, pois minguaram também os apoios vindos de empresas.

Em Luanda, a organização apenas conta, neste momento, com o apoio do Governo Provincial, que "está a garantir as condições técnicas e materiais", confirma Delon. "O Ministério da Cultura até agora nada nos diz", faz saber o responsável, apesar de admitir haver uma "luz no fundo do túnel".

Reconhece a redução de apoios por parte de empresas que se retraíram em consequência da baixa produtividade em época da Covid-19. "As empresas estão a participar, mas com valores muito baixos, e nós temos de entender e nos adaptar a essa realidade", refere.

Embora algumas instituições de peso continuem a patrocinar, como a SONANGOL, a ENDIAMA e o BCA, alguns "colossos" complicaram as contas do movimento carnavalesco em Luanda, ficando de fora, é o caso da Unitel e do BPC, mas Delon diz que compreende a actual situação desse banco público, por estar "em fase de reestruturação".

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