Algumas equipas que vão disputar a 43.ª edição do Campeonato Nacional sénior masculino de hóquei em patins reclamam da falta de condições para suportar os encargos financeiros para a renda do Pavilhão Principal da Cidadela, palco inicialmente escolhido pela Federação Angolana de Patinagem para albergar a prova.

A insatisfação dos líderes dos clubes fez-se sentir no último fim-de-semana, aquando da realização do sorteio, em que alertam que os preços do arrendamento do Pavilhão da Cidadela e Arena do Kilamba não são católicos para as formações com poucos rendimentos financeiros.

Um jogo nocturno na Cidadela custa, apurou o Novo Jornal, 170 mil kwanzas e o diurno 115 mil, ao passo que no Pavilhão Dream Space, um dos palcos estudados pelas formações, 40 mil kwanzas, independentemente do horário, de acordo com informações da direcção da Federação Angolana de Patinagem (FAP).

Ao contrário da Cidadela, este jornal apurou que o Arena do Kilamba é o que mais caro cobra para a realização de jogos. Os seus preços por partida, conforme os utilizadores, chegam a 300 mil Kz, montante que, segundo dirigentes desportivos, as formações não suportam, em função do actual momento económico que vivem.

"É impossível, nas modalidades actuais, pagar mais de 150 mil Kz para um jogo que nos dois períodos consome 50 minutos, sendo 25 para cada etapa. Por ser um património público, cujos utentes são apenas as equipas, não importa a modalidade, o preço devia ser simbólico", assegurou o responsável de um clube que preferiu protestar em anonimato.