Após apreciação da anterior decisão pelo Conselho Jurisdicional da FAF, que levou à retirada das penas mais duras, apenas multou os dois clubes no pagamento de uma multa, cada, no valor de 4.000 UCF, equivalente a 352.000 kwanzas.

A alteração da pena deveu-se ao recente recurso apresentado pelos dois clubes que no final-de-semana se qualificaram para as fases de grupos das competições, da Confederação Africana de Futebol (CAF).

O Conselho Jurisdicional da FAF, no entanto, julgou improcedentes os recursos de anulação da decisão proferida ao presidente do Kabuscorp do Palanca, Bento Kangamba, e ao treinador da Académica do Lobito, Agostinho Tramagal, que ficam suspensos por quatro anos.

De igual modo, o Kabuscorp do Palanca desce de divisão e deve pagar uma multa de 80.000 UCF, o equivalente a sete milhões de kwanzas.

Os atletas Márcio Luvambo e Ito ficam suspensos apenas por três jogos e uma multa de 6.000 UCF cada um.

Entretanto, vários analistas desportivos asseguram que foi a melhor decisão tomada pela FAF, visto que a anterior era viciada de má-fé pelo facto de não estarem formalmente provados os envolvimentos directos destes clubes na "escândalo" de corrupção.

"O comunicado é bastante pesado, mas não estava fundamentado que houve corrupção de A ou de B, pesa embora haja corrupção no futebol a nível do mundo, mas condenar um clube na dimensão do Petro de Luanda por hipóteses era uma aberração", disse o comentarista Paulo Tomás, da Rádio 5.

Face a essa decisão, a Federação Angolana de Futebol, reagendou o arranque do Girabola para o dia 13 deste mês, com o desafio da supertaça de Angola entre o Petro de Luanda, campeão do Girabola, e Académica do Lobito, finalista vencido da Taça de Angola, conquistado igualmente Petro de Luanda.

Com esta decisão do Conselho Jurisdicional, a "novela FAF/Petro" que preocupava muito os amantes do futebol nacional, chega ao fim.