Apesar da espectacularidade do momento, filmado por várias câmaras e de vários ângulos, a ponte com mais de 2,5 kms de extensão, que ruiu quase integralmente, não provocou um elevado número de vítimas devido à hora em que o incidente aconteceu, perto da 01:30 da manhã.

Seis pessoas (desaparecidas) foram dadas como mortas entre os oito trabalhadores que estavam no tabuleiro da infra-estrutura e caíram às águas geladas do Rio Patapsco, pouco antes da foz que dá acesso ao Oceano Atlântico, havendo ainda buscas por veículos que foram vistos a tombar com a ponte.

Na tripulação do Dali, o navio com pavilhão de Singapura, carregado de contentores, que embateu num dos pilares da ponte fazendo-a colapsar quase ao mesmo tempo na sua longa extensão, gerando uma das mais extraordinárias imagens captadas da queda de uma ponte, não houve quaisquer feridos.

Citado pelo britânico The Guardian, Jeffrey Pritzker, um responsável pela empresa que conduz as operações de manutenção da infra-estrutura e de segurança, considerou que se tratou de "algo tão anormal e pouco visto" que ficou sem palavras para descrever o sucedido.

Isto, porque a ponte e os seus pilares estavam sinalizados, com o cumprimento de todas as normas e, ainda assim, o navio embateu no pilar levando ao desastre.

Essa foi a razão pela qual, inicialmente, se admitiu a possibilidade de se tratar de um atentado terrorista, sendo essa possibilidade rapidamente descartada após algumas horas.

No entanto, o mesmo navio tem no "cadastro" um outro acidente, em 2016, no porto belga de Antuérpia, quando procurava chegar ao mar a partir do porto local, tendo, posteriormente sido detectado que o Dali tinha problemas no sistema de propulsão, sendo essa a causa do acidente.

Os media norte-americanos relatam esta manhã de quarta-feira que a Casa Branca reuniu já com as autoridades do estado de Maryland e em cima da mesa está a necessidade de reerguer a infra-estrutura para repor a normalidade, especialmente o acesso ao porto de Baltimore, um dos mais relevantes do país para o sector automóvel, por exemplo.

As equipas de socorro continuam à procura de veículos caídos à água com recurso a sonares, aparelho radar de detecção de objectos submergidos.