"Apesar de estarmos a trabalhar há 25 anos e existirem outras organizações com menos tempo, menos influência social, menos intervenção, e já lhes ter sido atribuído o estatuto de utilidade pública", disse o presidente da AML, Salvador Freire dos Santos, no acto da tomada de posse após a renovação do mandato.

De acordo com o responsável, a AML tem colaborado com o Executivo na investigação e denúncias de casos de corrupção que arruínam o erário público do país.

Segundo Salvador Freire dos Santos, o impacto da AML na sociedade angolana é fundamental e com 25 anos de existência, a organização tem sido uma força de resistência e um canal legítimo de denúncia e justiça.

"Fortalecemos a sociedade civil, defendemos activamente as liberdades fundamentais, estamos envolvidos activamente em campanhas de edução e sensibilização sobre os direitos humanos", referiu, destacando que a AML continua a oferecer assistência legal gratuita dos reclusos e vítimas de qualquer tipo de violência.

"Desempenhamos um papel fundamental na Proposta de Lei que aprova o estatuto das ONG's. Participamos de encontros com Grupos Parlamentares, com Governo angolano, a embaixada d União Europeia e outros paceiros estratégicos. São tarefas que nos dão o mérito de sermos de utilidade pública", argumentou.

Questionado sobre a Lei sobre o Estatuto das Organizações Não-Governamentais (ONG), referiu que o documento ameaça a sobrevivência das ONG.

"O Projecto de Lei foi aprovado na generalidade em 2023, até aqui não é discutido na especialidade para a sua aprovação final", disse, destacando que o Executivo na sua Proposta de Lei, obriga as organizações passarem a ter de apresentar os relatórios detalhados sobre as fontes de financiamento.

O documento de acordo com Salvador Freire dos Santos, diz que a Unidade de Informação Financeira, órgão do Ministério das Finanças, passaria a controlar as finanças das ONG para prevenir "branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo".

"Este é o braço-de-ferro entre as ONG e o Executivo, que quer que o documento continue engavetado na Assembleia Nacional", concluiu.