O seu presidente, Fernando Muacapita, já recorreu à Assembleia Nacional e à Provedoria de Justiça, onde pediu advocacia face à necessidade de regulamentação da actividade das autoridades tradicionais.

"O surgimento de uma Lei sobre as autoridades tradicionais iria ajudar a controlar os falsos sobas, e, certamente, pôr fim a problemática sobre o uso do uniforme, há muito pedido", argumentou Fernando Muacapita.

O líder da FAAT lamentou a paralisação do projecto de Lei sobre as Instituições do Poder Tradicional desde 2019, período em que foi alvo de uma consulta pública, até à data presente.

"Este diploma já deveria definir a natureza jurídica e o enquadramento das Autoridades Tradicionais na materialização das suas atribuições, no relacionamento com os órgãos da administração do Estado e o seu estatuto", acrescentou.

Referiu que a classe aguarda que neste segundo ano parlamentar da V Legislatura a Assembleia Nacional aprove a Lei que está a ser aguardada com muita expectativa pelas autoridades tradicionais.

"A comunidade espera ansiosamente que a Lei venha a ser aplicada para garantir a dignidade e o estilo de vida das autoridades tradicionais", acrescentou.

Segundo dados da Administração do Território, estima-se que existam, em Angola, mais de 40 mil autoridades tradicionais, muitas das quais fantasmas, que custam ao Estado, todos os meses, cerca de 800 milhões de kwanzas em subsídios.

A província do Uíge é a que tem mais autoridades tradicionais, com 7.359 sobas.